top of page

Simpósio temático

17. Escravidão e Mestiçagens: os mundos da escravidão e das mestiçagens em conexões (séculos XVI a XIX)

Prof. Dr. Gian Carlo de Melo Silva

Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Prof. Dr. Carlos Engemann

Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)

 

No âmbito do VII Simpósio Escravidão e Mestiçagens, ocorrido em 2014, no campus Mariana da UFOP, os pesquisadores membros do Grupo de Pesquisas Escravidão e Mestiçagens (GPEM) passaram a se organizar em rede, uma vez que já havia vários grupos de pesquisa cadastrados no diretório do CNPq, que se interligavam pelas discussões e que contribuíam mutuamente, não apenas nos encontros do GPEM, mas em várias outras iniciativas nas quais se faziam presente (tais como EIHC, ANPUH,...). Daí surgiu a Rede de Grupos de Pesquisa Escravidão e Mestiçagens (Rede GPEM). A Rede congrega grupos de pesquisa e estudiosos dos mais diversos aspectos relativos à escravidão e às mestiçagens no Brasil e na Ibero-América. Fomentando, assim, pesquisas e discussões em torno de temáticas tão complexas, possibilitando-se o contato entre diferentes enfoques, conceitos, metodologias e abordagens historiográficas, estimulando o diálogo entre os especialistas e entre eles e os interessados em geral.

 

Para o VI EICH, o segundo em que o simpósio Escravidão e Mestiçagens é oferecido, a Rede propõe o Simpósio Temático Escravidão e Mestiçagens: os mundos da escravidão e das mestiçagens em conexões (séculos XVI a XIX). Este simpósio foi concebido a partir da constatação de que a composição social e étnica da sociedade escravista pode ser pensada como um mosaico de elementos de distintas origens e de diversos significados dependendo do lugar e do tempo em que se fala. Desse modo, “qualidades” (índio, branco, negro, crioulo, mestiço, mameluco, mulato, pardo, caboclo, etc...) e “condições” (livre, coartado, liberto e escravo) são conceitos que, não obstante tenham tido significado específico para os que os manejavam, não possuíam sentido uniforme variando conforme as convenções partilhadas em determinados espaços e épocas, a partir dos contatos originados com a expansão ibérica ocorrida no século XVI. Desse modo, este Simpósio Temático buscará reunir reflexões acerca das conexões de sentidos e de práticas das dinâmicas de mestiçagens a partir do etos escravista, englobando pesquisas com variados tipos de fontes e temáticas, isto é, a proposta é que se pense as formas de escravidão e as sociedades escravistas e seus contextos na Ibero-América conectadas à temática das mestiçagens sociais e culturais e as qualificações sociais.

 

Palavras-chave: escravidão, mestiçagens, Ibero-América, composição sociocultural.

 

Bibliografia:

AMANTINO, Marcia. O mundo das feras: os moradores do sertão oeste de Minas Gerais – século XVIII. São Paulo: Annablume, Fapesp, 2007.

AMANTINO, Marcia; IVO, Isnara Pereira; PAIVA, Eduardo França; (Orgs.). Escravidão, Mestiçagens, Ambientes, Paisagens e Espaços. São Paulo: Annablume, 2011.

IVO, Isnara Pereira. Homens de Caminho: trânsitos culturais, comércio e cores nos sertões da América portuguesa. Século XVIIII. Vitória da Conquista: Edições UESB, 2012.

PAIVA, E. F. Dar nome ao novo: uma história lexical da Ibero-América, entre os séculos XVI e XVIII (as dinâmicas de mestiçagens e o mundo do trabalho).. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. 

SILVA, Gian Carlo Melo. Um só corpo, uma só carne: casamento, cotidiano e mestiçagem no Recife Colonial (1790-1800). 2. ed. Maceió: Editora Universitária da Universidade Federal de Alagoas, 2014.

 

bottom of page